Se forem confirmadas na fase de preços, as duas dividirão verba de R$ 550 milhões em dois anos e meio.
EM PRIMEIRA MÃO – As agências Propeg, com 98,35 pontos, e DPZ&T, com 92,35 pontos, foram anunciadas como tendo as mais altas pontuações na fase técnica da concorrência pela conta da Petrobras, que até o momento é atendida pelas agências NBS e Heads.
O resultado foi anunciado esta quarta-feira, 22/02, na sede da empresa. A concorrência estabeleceu uma verba de R$ 550 milhões para ser aplicada em dois anos e meio através de duas agências.
16 agências entregaram propostas. Quatro delas foram consideradas habilitadas a prosseguir na disputa. Além das duas classificadas em primeiro, a Heads (que chegou em terceiro, com 90,75 pontos) e a Ogilvy (em quarto, com 85,90 pontos).
Haviam também entregue documentação as agências Artplan, Calia/Y2, Café, Fields, Fischer América, Link/Bagg, Lua, Multi Solution, Nova/SB, NBS (PPR), Publicis (PBC) e Z+.
Além da Café e Nova/SB, desclassificadas por documentação, as outras dez agências foram consideradas como inabilitadas a seguir na disputa, por não terem alcançado a nota mínima para passar pela nova fase — situação inédita numa concorrência de governo — de serem analisadas por seu Grau de Risco de Integridade. Isto significa que, caso haja dúvidas sobre o comportamento ético da agência nos últimos anos, ela poderá ser desclassificada.
Para analistas do mercado, este novo componente na disputa deixa o resultado totalmente em aberto. Se, por exemplo, Propeg e DPZ&T não alcançarem a pontuação suficiente no Grau de Risco, Heads e Ogilvy se tornam vencedoras.
De qualquer modo, empresários da publicidade carioca avaliam que, mantido este resultado, será mais um baque para o mercado publicitário local e confirmaria a suspeita de que a Petrobras pretendia desde o começo entregar sua conta para agências de outros mercados, visto que o edital — ao contrário dos anteriores — não exigia que as agências mantivessem profissionais de criação na cidade. A DPZ&T já havia fechado seu escritório carioca e a Propeg, de origem baiana, ainda não conseguiu investir em grandes equipes no Rio já que atende, aqui, as contas do Governo do Estado e da Prefeitura, ambas em crise financeira.